terça-feira, 4 de outubro de 2011

Luz

Tomasz Dziubinski, The upper Antelope Canyon, 2011

De repente, o sol chega ao chão e ilumina de cor a pedra escura. Quase inesperadamente, como a vida que acontece todos os dias, de forma diferente do planeado numa agenda imaginária. De repente, descobre-se chão firme, sem buracos, que nos convida a caminhar e a descobrir mais um bocadinho do que somos e a sentirmo-nos bem com isso. Faz-se luz quando temos a generosidade de a deixar entrar no coração. E ficamos mais leves quando descobrimos alma à nossa volta. Não há escuridão pior do que uma alma fechada por dentro pelo medo do que acontece fora de nós. Não controlamos nada nem ninguém, porque não somos donos de nada nem sequer da nossa própria vida. Não há sol que nos aqueça se não soubermos reconhecer calor, nem encontramos luz se a procurarmos na escuridão. Nada faz mais sentido do que aprender a dar o que queremos receber dos outros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Me segue adorei seu trabalho no blog

Always disse...

Obrigada, Beatriz! :)