Anabark, Lua Cheia (DEZ2011)
Os dias adormecem pendurados na fé como passagem secreta para o dia seguinte. E quando amanhecem só a luz mudou de sítio, tudo permanece como numa pintura, igual ao dia anterior, como se o tempo voltasse atrás todas as noites para começar no mesmo ponto na manhã seguinte. As noites chegam e passam sem deixar rasto. As noites acordam porque têm de acordar, porque a luz do novo dia desfaz as sombras que na escuridão se instalam por todo o lado. O tempo que passa não passando do sol faz lua e vice-versa e nem todos dormem à mesma hora. Tudo é relativo, até a noite e o dia no que acontece dentro de nós. A luz vem da alma - o que nos ilumina é o que sentimos para além da pele e o que damos de nós ao mundo que, incondicionalmente, nos abraça muito para além da escuridão das horas.
2 comentários:
My dear friend,
De facto, é bem verdade o que dizes. Por vezes, damos por nós a viver dias repetidos sem percepção das subties alterações que vão acontecendo dentro e fora de nós. Mas, se mantivermos a vela acesa, é possível observar as nuances escondidas nas sombras...só depende de nós prestar atenção e não deixar o óleo acabar ;)
(Obrigada!)
Um abraço na Alma!
Por vezes vivemos cegos de alma a vida inteira. O pior cego é aquele que recusa ver a sua própria verdade. :)
Um abraço!
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