Cliff Wright, All for the love of ivy, 2005
Durmo em pé porque tenho medo de desperdiçar tempo demais atormentada por sonhos que voltam sem aviso nem razão. Sei que o Amor é uma montanha que ninguém muda de lugar e nós somos essa força que nos segura ao chão. Sei que o tempo não nos esgota nem os lábios se cansam de beijos. Sei que somos tudo e que sempre fomos, mesmo quando não tínhamos quase nada. Sei ler-te nos olhos e sei o que não dizes mas não deixas de pensar. Sei sentir-te sem estares perto e também sei que tudo isto nos transcende corpo e alma porque, à nossa volta, somos únicas e o infinito é nosso. Apenas quando durmo esqueço que o céu já não é cinzento no que a vida nos espera. Mas isso é só às vezes, Meu Amor, porque estou cansada, porque me faltam muitas horas de sono, porque quando durmo prego partidas a mim mesma. Tenho medo que o sono não ponha ordem nas ideias e que, ao acordar, tu não estejas embrulhada em mim. Mas sei que somos indestrutíveis, maiores do que a vida, o que muitos julgam improvável. Sei que o Amor verdadeiro não tem medo nem desiste. Sei que os nossos braços nos seguram com o peso do mundo às costas e nunca, por um segundo que seja, lhes falta a força rara do Amor. De tão teoricamente improváveis, somos exemplo e inspiração, porque existimos corpo alma e coração numa só.
4 comentários:
e um amor assim vale tudo!
:)
Bjs
Druiel
minha querida...de vez em quando sentimos as inseguranças, m elas passam ...por vezes basta um olhar,
bjs
Druiel,
Acredito que um amor assim vale tudo e vivo este amor segundo essa lei única.
Bjos
Principezinho,
Obrigada pelo cuidado contido no teu comentário.
A vida nem sempre se compadece com a alma. Nos dias cinzentos, salva-nos o Amor e a firmeza dos braços apaixonados que nos seguram. Basta essa certeza para tudo valer a pena.
Bjos
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