Jill, As the branches undress Series, 2006
Desconheço os limites do Amor, descobri-te como amor total, livre de fronteiras, imenso e infinito. Se ilimitado, às vezes, se limita e, proibido, às vezes, se liberta, o amor não se mede pela liberdade de se expõr aos quatro ventos, mas na forma total e inexplicável com que nos anima corpo, alma e coração. Não conheço limites ao amor que sinto, porque te tenho debaixo da pele, porque te sinto parte de cada parte do que sou, porque te sinto completamente. O amor só é interrompido pelos limites da vida e mesmo depois do tempo contado da matéria, algo se retoma, algo permanece imortal. Um sentimento tão concreto e absoluto nunca desiste, ainda que, às vezes, queira morrer para arrasar a morte e voltar. O amor total em que nos sinto é este desassossego de que nada mais existe para além de nós e da vontade de sermos sem barreiras, indiferentes às horas, aos dias e aos limites da vida. Este amor total em que nos descobrimos sem cansaço de sentidos, acontece por inteiro nesta vontade ilimitada de nós, numa aproximação instintiva dos lábios distraídos do calendário.
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