Tomasz Dziubinski, The Black Art, 2010
No que não tenho desapareço, deixo aos poucos de existir. No que não tenho sou memória, vida que só existe em mim. No que não se vê o tempo envelhece-me num lugar distante. No que não se vê deixei de ter lugar para além do que sinto em mim. No que não esqueço só me abraça o vazio. No que não encontro sinto o medo e tenho frio. Em quem morri não volto a ser. No que me ficou, não serei outra coisa. Tanto faz. O que sou basta-me, tenho um coração imenso para doar e um sentimento raro que aprendi como princípio de vida. Sou esse infinito íntegro que, um dia, floresceu em mim.
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