Brett Weston, Water, 1970
E se a certeza é uma mentira porque a verdade ninguém alcança completamente, é preciso estar atento ao que acontece nas entrelinhas entre um momento e outro. É nos intervalos da certeza que julgamos ter que vemos mais além, que descobrimos a verdade não como nossa mas como algo que nos integra num universo de causas e consequências de que somos resultado, tantas vezes, inconsciente. Somos feitos de 'certezas', por vezes tantas que deixamos de ver e o universo perde-se e perdemos a fé. E porque a vida faz-se de forças encontradas, alimentadas e partilhadas, a verdade não é uma ilha mas um mar de marés vivas navegado pela oportunidade de resgate e de esperança renovada. Nós, somos apenas vontade de acreditar, ou não, que o sol existe para além da linha do horizonte.
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