Pekka Leppanen, January Sea IV - Pine, 2007
O que é verdadeiro resiste. O que mora dentro da alma como essência de vida sobrevive às estações do ano, ao inverno de Janeiro como a aridez do Verão, inteiro porque a integridade do sentir nos segura um propósito de exisência. Porque as emoções, tanto as boas quanto as más, são prova de vida na alma, o testemunho de uma humanidade conquistada para além da mera necessidade de sobreviência. Porque quem não sente não será sequer filho de gente mas de um impulso de vida não cuidada. O que é verdadeiro resiste aos artíficios e ás contrariedades. Com cicatrizes, sim. Como tudo á face da terra. Por mais bela que seja uma paisagem, tudo nela é composto de mudança que o tempo vai esculpindo em nós também. Importante é saber que, para além de tudo, o horizonte se mantém.
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