Anabark, Veludo (AGO2011)
A simplicidade das emoções directas é o primeiro movimento para um estado felicidade a conquistar. Porque a felicidade conquista-se e viver não é mais do que essa procura, dentro e fora de nós, que temos de aprender e fazer evoluir através de laços que nos atem, seguros, a quem gostamos e queremos sempre à distância de um abraço. É preciso saber sentir e assumir paixões que durem mais do que o lume aceso de um instante. É preciso entender que o desejo não é uma necessidade insatisfeita mas um querer emocional do qual não depende a nossa vida, é certo, mas que nos acrescenta uma vida interior fértil e menos abandonada. Querer não é precisar, é infinitamente mais do que isso. Querer é sentir e sentir é criar laços, intensidades, gostar e ser gostados, e talvez até amar e ser amados. O contrário disso é uma casa fria, escura onde tudo o que em nós acontece é, apenas, por necessidade, o que nos transforma numa ilha deserta perdida num mar sem fim de infelicidade.
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