Pekka Leppanen, Nails, 2011
Vou perder tempo a procurar um outro tempo onde me deixei suspensa e reaver o que de mim pendurei por falta de lugar na vida que não chegou a ser para sempre como eu queria. A memória é um calendário, uma colecção de momentos expirados e insuficientes para perder o presente a pensar no que não ficou. O meu sempre não é uma memória, é um sentimento vivo e, nele, ontem e hoje são unos, indistintos... e sem futuro. Não me vale de nada, sem retorno não vale a pena. Não vou perder mais tempo nesse tempo que, hoje, só existe em fotografias. Tenho coisas adiadas e gente à minha espera. E já estou atrasada, dizem-me e reclamam. E todos têm razão, menos eu. O Amor da minha vida não vale a minha vida adiada nem merece o meu amor de uma vida.
2 comentários:
É por isto que me revejo ,muitas vezes nas tuas palavras. Estou a atrasar-me , sim estou. Beijo
Mila
E é como se costuma dizer: 'Quem não nos acompanha atrasa-nos'...
Beijos, Mila!
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