domingo, 29 de outubro de 2006

Até logo

Anabark - Second skin (OUT06)

Não há longe nem distância porque a alma vive no coração. E quando o coração deixar de bater, as almas separadas voltarão a encontrar-se numa só.
Não há longe nem distância porque o amor sobrevive na memória que não desiste por tão bem querer. E quando a memória se desvanecer, as almas reencontradas viverão para sempre nesse amor incondicional.
Não há longe nem distância porque quem bem quer é inseparável do que ama. E quando longe da vista estiver, estará perto num bater de coração que guarda a alma num sempre e em toda a parte, até à eternidade.
Não há longe nem distância, há apenas um contratempo de matéria que não é suficiente para uma ausência definitiva. No coração há janelas abertas que nunca se chegam a fechar...

2 comentários:

Anónimo disse...

...como se o coração, o seu bater, não fosse feito de brisas, criadas pelas rotações que fazemos acontecer.
E o tempo, que será? Um suspiro do entendimento?

Abraço

Always disse...

Quando o coração bate sem longe nem distância, num perfeito elogio à intensidade do sentir, o tempo, mais do que um suspiro do entendimento, é a esperança do reencontro.

Um abraço.

PS - Os teus comentários são uma forma de retorno ao meu ponto de partida, como se novas hipóteses de reflexão se tratassem - um desafio ao pensamento, gosto de pensar... Obrigada!