quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Respostas

Anabark, Frágil (MAI06)

Lisboa, Agosto. 2006
"Que sabes tu do que me tem custado a mim? Perdi-te a ti, perdi-me a mim, e só aos poucos recomeço a encontrar-me. (...) Não desisti de ti, nunca desistirei, continuarei a querer-te e a amar-te à minha maneira (quem sabe, egoísta e cobarde, como dizes). Pode parecer-te crueldade da minha parte não querer saber dos teus sentimentos, te garanto que não é. Dói-me mais a mim que a ti – tenho quase a certeza."
Como podemos avaliar isso? Em noites sem dormir, dias sem comer, lágrimas permanentes, horas à deriva pelas ruas a tentar fugir de nós mesmos?... Achas que não me dói saber que tu aí também sofres? Achas-me tão egoísta que não pense que te dói também a ti? Achas que as minhas lágrimas não são as tuas também? Achas que não vou viver para sempre essa dor? Com que balança se pesa a dor? Foste tu que partiste. Quem criou a escuridão? Parece-me que és tu quem tem de caminhar até mim, se algum dia me quiseres voltar a encontrar, e não o contrário.

8 comentários:

wind disse...

aiaiaiaiai, que "fantasma" que carregas...
Liberta-te:)

Always disse...

É o que vou fazendo todos os dias - a escrita é, também, uma forma de libertação a par de tudo o resto. Os universos paralelos sobrepõem-se - este universo é o do 'fantasma', mas existo noutras dimensões para além do obscuro mundo do 'fantasma'. :)

Anónimo disse...

and you shall be released, minha querida, A. go back and find what made you happy before. can you remember what used to make you happy?

caldo verde & broa everyday,

:) F.

Always disse...

Senhora Saudades,

Don't worry, I'm doing fine, sweet F.
These colection of sad stories on my ghost is part of my release, a sort of revenge actually - I take special pleasure on making accusations, pointing out her lack of character - something about herself she prefers to ignore.

wind disse...

Ops always retiro-me a partir de hoje dos comentários porque já tens com quem desabafar:)
Vê se ficas bem:-)

Always disse...

Wind,

Não te retires por tal motivo. Ter com quem desabafar sempre tive fora daqui - tenho amigos e esses nunca falham.

Este é, apenas, um espaço de escrita onde despejo palavras numa certa ordem com um certo sentido - um universo paralelo nos intervalos da vida.

Quanto ao resto não te preocupes, está tudo bem, o pior já lá vai - o tempo tudo cura. Perder um amor custa. Escrevo sobre essa dôr porque sei escrever sobre ela. Toda a gente conhece a experiência da perda. Ainda que seja perturbante, por que não escrever sobre ela? Não será também uma forma de descrever o Amor?

Volta sempre que quiseres. :)crever sobre a perda

Unknown disse...

Esse é o grande problema da dor, não é possivel de ser medida. Incrivel como temos medidas para quase tudo, menos para os sentires! Até a comida saborosa tem uma medida: calorias!

Always disse...

AR

E não havendo medida para quantificar o sentir, não é possível comparar intensidades que não são mesuráveis.
´
Logo torna-se absurdo dizer "Gosto mais de ti do que tu de mim" ou "doi-me mais a mim do que a ti".

Ao menos quando comenos sabemos as quantidades! ;)