sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mais do que tudo

Nik Conolly,18 days without rain - the color of delirium

Quase a chegar ao fim da noite, demoro-me um bocadinho a pintar, em cores vivas, um quadro de saudades. Desassossego em cada tom pela intensidade com que te vivo. Desenho-te vezes sem conta no que te sei de cor e sei-te muito, tanto que não haverá nunca obra acabada. Porque não tens princípio nem fim, és infinita por condição do que te sinto em Amor. Menos do que este tudo em mim seria nada e não seria Amor porque o Amor é tudo por definição. E todos os dias és mais, somos mais de nós pelo muito que amadurece na alma sempre insatisfeita. Demoro-me na ideia de que o 'sempre' é esta construção dos dias com a intensidade do primeiro beijo. Os lábios e o desejo são os mesmos e a certeza cresceu e crescemos nós. Somos perfeitas nesta vontade partilhada de vencer as fronteiras do tempo. Amar para além de tudo é também acreditar na eternidade e confiar nas razões do coração. Tudo em nós é a força dessa razão. Não sei amar-te menos do que 'mais do que tudo'.

2 comentários:

Maria Papoila disse...

Um Amor infinito!
Adoro passar por aqui e beber cada letra do que escreves.

Always disse...

E és sempre bem-vinda quando passas pelas letras deste copo. :)