terça-feira, 2 de outubro de 2007

Por dizer

Lee Rudd, The Chain, 2005

A pressa de te chegar é tanta que tropeço nos milhares de coisas que tenho para te dizer. E o que tenho para te dizer é tão simples que invento formas complicadas de o dizer só para demorar mais tempo contigo nessas coisas que te segredo ao ouvido. O que tenho para te dizer é simples e infinito. São coisas que sinto e que tenho urgência em revelar, mesmo que tu me saibas em pormenor. Tenho sempre pressa de te falar de amor - posso não ter tempo de te dizer tudo e, por isso, vivo a ansiedade de querer contar tudo de uma vez, ainda que saiba que nunca chegarei ao fim das frases que componho e descomponho à espera de te surpreender. Lembro-me de tudo que disse até agora e não tenho dúvidas quanto ao que te vou dizer amanhã ou no dia seguinte ou para o ano que vem. E quando me faltarem as palavras, os meus olhos nos teus falarão por mim. O infinito do que sinto não se fica nas palavras, alastra-se por debaixo da minha pele, desde a alma ao coração. Posso dizer que te amo de milhares de maneiras, mas continuo a começar todas as frases com 'Meu Amor'... tão simples quanto infinito.

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