quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O que não se vê

Yves Rubin, Convergence

Quando fecho os olhos, observo-te noutros ângulos de visão não completamente evidentes e nem sempre fáceis de explicar. Fico a olhar-te numa dimensão fora de tempo, sem antes nem depois, porque em tudo o que te vejo se impõe a ideia de 'sempre'. Existes em mim desde que eu existo e o 'nós' que somos hoje aguardava o instante que nos fez encontrar. E aconteceu sem esperar nem planear, encontrámos o que procurámos sem dar conta da procura, mas sempre conscientes da falta. Nascemos ao mesmo tempo, nascemos no momento em que alma fixa o que sente o coração. Do ponto de onde te observo, não existe vida antes de ti porque a vida é o fogo que nos arde dentro do peito e uma vontade de entrega por inteiro, é sentir o corpo em desassossego permanente, guiado pela voz do coração. A vida é a certeza do encontro de almas que esperam sem saber e acreditam para além do que os olhos encontram. O Amor é encontrar por dentro tudo o que se quer dar, é embrulhar com braços fortes quem se ama na ideia de 'sempre' e acontecer todos os dias com essa intensidade. O Amor em que te seguro não tem tempo nem medida, é tudo o que me encontro ao encontrar-te a ti.

2 comentários:

Anónimo disse...

Thank you so much for your link to my image!

Always disse...

Thank you for letting me use it. It's a fabulous photo, congratulations! :)