segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Menos do que amanhã

Anabark, Infinitamente (MAI07)

Mais do que ontem, menos do que amanhã, porque é sempre mais mesmo que pareça impossível ser mais do que o infinitamente já é. E nunca será demais, certamente. Os dias passam e a vontade que nos fica é que nunca acabem em nós, mesmo sabendo que ninguém vive para sempre. A eternidade é o presente, o momento que construímos único e nos sentimos por dentro com a alma maior do que ontem e pronta a crescer outro tanto no dia a seguir. Os versos em branco que os poetas chamam de futuro são promessas que se começam a cumprir no aqui e agora que nos damos. Hoje somos muito mais do que fomos ontem à mesma hora. Amanhã seremos um dia a mais. O mundo acontece num dia, amanhã somos o tudo de hoje e o resto que está para vir. São os beijos do presente que multiplico amanhã porque hoje, ao teu lado, quero sempre tudo e procuro sempre mais. Somos infinitamente mais na soma dos dias que acontecem em nós, somos o mundo em construção e a certeza absoluta de amor que nos junta inseparáveis na alma e uma só no coração.

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