nnpc, Doin' the Dishes (Fluids Series), 2002
Há um ano e poucos dias atrás um copo entornado sobre a mesa media as horas de ausência que passavam em nós. O vazio não tinha fim nem a tristeza de um 'nós' interrompido lá no fundo. E eu morria e tu morrias fora do copo. Subitamente, ou nem por isso, no Inverno passado dobraste a esquina que nos separava e seguraste o vidro com duas mãos mais fortes, mais seguras e decididas do que eu conhecia. E os estilhaços do copo caído fizeram-se cálice cheio de história e um destino por cumprir. Seguro um brinde nesse cálice que transborda o que somos dentro. O 'nós' irreversível em que nos reconhecemos não se quebra, não se gasta nem se acaba. Por frágil que pareça o cristal na nossa mão, a vontade da alma e do coração com que brindamos o destino é indomável. E a vida é feita destas vontades teimosas em que nos cumprimos em tudo o que nos prometemos a nós mesmos. Merecemos o sempre em que nos coleccionamos dentro deste copo renovado e intacto. Acontecemos infinitamente mais para além das palavras de amor que o transbordam. Somos uma, como sempre fomos, dentro e fora do copo.
Há um ano e poucos dias atrás um copo entornado sobre a mesa media as horas de ausência que passavam em nós. O vazio não tinha fim nem a tristeza de um 'nós' interrompido lá no fundo. E eu morria e tu morrias fora do copo. Subitamente, ou nem por isso, no Inverno passado dobraste a esquina que nos separava e seguraste o vidro com duas mãos mais fortes, mais seguras e decididas do que eu conhecia. E os estilhaços do copo caído fizeram-se cálice cheio de história e um destino por cumprir. Seguro um brinde nesse cálice que transborda o que somos dentro. O 'nós' irreversível em que nos reconhecemos não se quebra, não se gasta nem se acaba. Por frágil que pareça o cristal na nossa mão, a vontade da alma e do coração com que brindamos o destino é indomável. E a vida é feita destas vontades teimosas em que nos cumprimos em tudo o que nos prometemos a nós mesmos. Merecemos o sempre em que nos coleccionamos dentro deste copo renovado e intacto. Acontecemos infinitamente mais para além das palavras de amor que o transbordam. Somos uma, como sempre fomos, dentro e fora do copo.
4 comentários:
Miss Always,
"a vontade da alma e do coração com que brindamos o destino é indomável"
Conhecendo-te, sei sim.
Conhecendo-me tu, saberás que sim.
E, porque és tão especial sei que, apesar de serem Uma, serás também para mim o quanto-e-tanto sou para ti.
Para ti, eu que continuo assim tão f-a-s-c-i-n-a-d-a por cada milímetro da tua existência!
Kempei! (escreve-se assim?)
S.Star
Tinha de vir, Always.
:)
Não sei desde há qt tempo acompanho o "dentro do copo vazio" mas, por todas as razões e mais alguma, sendo q a principal és tu, tinha de vir.
Beijos e desejos q "o copo", sempre em agradável brinde, continue por longos anos
Sandrita Star,
Conhecendo-te, tenho a certeza que sim.
O que é realmente especial é a capacidade de gostar assim tão generosamente como eu gosto de ti e tu de mim. Esse é o grande fascínio de uma eterna amizade! Sempre! :)
Acho que se escreve 'Campay', mas não tenho a certeza, só sei escrever o nome da bebida 'Maotai'.
Underadio,
Obrigada pela atenção e por voltares sempre ao que vai ficando 'dentro do copo'. Serás sempre bem-vinda por muitos e longos anos que dure o copo (que sinto e desejo eterno na matéria que lhe dá forma). :)
Beijos
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