Abescat Charles, Pearls, 2007
Não pergunto, espero por respostas a perguntas que nunca faço. Talvez não saiba perguntar. Talvez tenha receio das respostas que não me querem dar. Não pergunto porque não tenho nada a ver com isso e tenho medo que me julguem por coisas que não sou. Talvez tenha as respostas que preciso para não ser necessário perguntar. Talvez o silêncio revele o suficiente para eu saber que não devo perguntar. E tudo o que, de mim, não digo é por pouco interessar ou mesmo nada. Não me sei dizer mais do que aquilo que me queiram saber. Não escondo. Tudo o que não revelo é porque pouca importância tem em quem eu gostava de importar. E guardo muitas coisas, não sou distraída. Sei tudo o que me é precioso de cor, não esqueço nada e, cada vez que recordo, acrescento pormenor.
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