segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ilha e tesouro

Anabark, Iluminada (SET2011)

Sabe a pouco ou a quase nada a felicidade que nos chega sem ser anunciada. Porque sonhamos mais ou porque esperamos outra coisa, a felicidade que nos vem não chega a ser abraçada com braços de força e alma cheia. Tolos por não darmos conta da ilha e do tesouro que nos encontrou. Cegos porque encadeados pelo sol radioso ignoramos as tempestades que o céu abriga como parte de um todo. E sabe a pouco o abraço inebriante de quem encontra o seu momento na vida. Saberia a mais se, modestos, navegássemos sem outras ambições esse mar de tempo precioso que nos embrulha num abraço de veludo como se acabados de nascer. Soubêssemos nós que a vida nos perde sem retorno e moraríamos rente ao mar para lançar âncoras em redor da ilha do tesouro que nos desembarcou de um mar sem luz e desabrigado. Soubéssemos nos avaliar o Amor como tesouro e seríamos felizes para toda a eternidade.

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