domingo, 13 de novembro de 2011

Sinais

Anabark, No turning back (JUL201

Caminha-se na dúvida e encontra-se a encruzilhada. E anda-se a direito na decisão tomada. Acreditamos que temos razão e que não erramos mais do que é humano mas erramos mais do que a nossa humanidade sabe admitir. Não temos razão, mas acreditamos que sim porque ignoramos outra forma de sentir. Teima-se numa linha descontinuada que não é caminho mas acredita-se que sim, porque não somos capazes de explorar mais adiante, porque não podemos dar o que não temos porque nunca nos foi dado em quantidade suficiente. E caminha-se no engano de acreditar que o desvio é caminho, sem perceber que é apenas uma ideia, um engano consentido por piedade de nós mesmos, carentes de braços que nos segurem com vida o que já sentimos como morto. E deixa-se andar até tudo morrer á beira da estrada. Diz quem sabe que, nessa altura, é tarde para voltar atrás, já não existe um coração capaz de reconhecer o verdadeiro caminho e...no final, não haverá ninguém á espera.

4 comentários:

marta disse...

...sabes...sempre caminhei na berma daquela estrada de pó e pedras soltas,de pé mas tão cansada...os caminhos são tão diferentes mas o horizonte é sempre o mesmo...o meu, o teu, o delas, o nosso...

Always disse...

É verdade que sim, Marta, o horizonte é sempre o mesmo mas os olhos que o percebem näo o säo e isso faz toda a diferença. O desencontro é mesmo esse. Gostamos de acreditar que coincidi mos, mas, no fundo, é como se vivêssemos num outro munndo... apenas coincidimos na morte.

Beijos!

whitesatin disse...

A ignorância é a maior das tristezas... :-(

Always disse...

A estupidez também não abona nada a nosso favor... :-/