David Mourão Ferreira
Os Remos
Que rumor de remos
De que negra barca
Ouve-se tão perto
sem se ver a água
Vem Caronte ao leme
Ou tudo uma farsa
que ninguém encena
que ninguém aplaude
Em torno parece
adensar-se o nada
O que mais inquieta
já não tem palavras
Mas ainda resta
saber de que margem
ouvimos os remos
não vemos a água
De que negra barca
Ouve-se tão perto
sem se ver a água
Vem Caronte ao leme
Ou tudo uma farsa
que ninguém encena
que ninguém aplaude
Em torno parece
adensar-se o nada
O que mais inquieta
já não tem palavras
Mas ainda resta
saber de que margem
ouvimos os remos
não vemos a água
8 comentários:
Adoto DMF e este poema tem mensagens per si so:)
bjs
*adoro
Poxa, esqueci que a foto é linda!
Alguém que adora DMF ensinou-me a beleza da sua poesia a uma luz diferente da que eu sempre li. E o poeta tornou-se, hoje, um dos meus preferidos.
Em troca, partilho o lago de Annecy.
abraços_a_remos
De repente lembrei-me que quase me afundei no Lago Léman (lago de Genève) num barco a remos, há uns anos.
Puxa!
Este que partilho também tem marmotas... estive quase para ficar por lá...
abraços brincalhões
Chamonix é mais azul... ;)
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