Anabark, Sony Ericsson K750i - Self-portrait (2006)
Olha-me nos olhos... sabes o que dizem?... 'Penso em ti'. Ainda que eu te pudesse perguntar 'Pensas em mim?',
sei que a tua resposta seria: 'Manter contacto para quê?'
Ainda sobre as questões da mentira, e também das da ausência e da procura fica este conselho do Alexandre O' Neill (que por acaso, ou não, é sobre as dores):
Ás dores inventadas Prefere as reais. Doem muito menos Ou então muito mais..
O vento leva-nos e traz-nos palavras, ecos, sinais... afinal,não estão no passado?! Ficam no presente cada vez que são vividas em memorias... fica sempre...
Obrigado pelo conselho de Alexandre O' Neill - a dor de morrermos a alguém é real e pesada. Retribuo com Eugénio de Andrade, também sobre a vida, o seu desperdício e a insensibilidade daqueles que sobrevivem sem viver de facto:
"Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos."
O vento leva e traz sinais e silêncio também. O passado vai-se desgastando - a memória vai-nos atraiçoando à medida que envelhecemos, de repente deixamos de nos lembrar exactamente como foi. E às vezes, é melhor não pensar para conseguirmos suportar a ausência.
Devolvo-te a pergunta que me fizeste 'O que é 'sempre'?'
O que sentimos ou que um dia nos fizeram sentir, é de um campo tão secreto e sublime que está para além do campo das cognições... passa o campo dos registo, das recordações, da memoria.
Não te sei responder a essa pergunta... mas a verdade é que buscamos o sempre, o eterno, o imortal... Mas o sempre é o que fica escrito na tua "historia de salvação".
Sim, tens toda a razão, o que sentimos/o que nos fizeram sentir fica muito para além da memória e das recordações - vale a vida inteira pela sua grandeza e incondicionalidade. Nada disso se esquece, ou melhor, nada disso eu não esqueço - é o meu 'sempre'.
8 comentários:
Ainda sobre as questões da mentira, e também das da ausência e da procura fica este conselho do Alexandre O' Neill (que por acaso, ou não, é sobre as dores):
Ás dores inventadas
Prefere as reais.
Doem muito menos
Ou então muito mais..
Se calhar é sobre a vida.
Beijos
O vento leva-nos e traz-nos palavras, ecos, sinais... afinal,não estão no passado?! Ficam no presente cada vez que são vividas em memorias... fica sempre...
Um abraço
Jaime,
Obrigado pelo conselho de Alexandre O' Neill - a dor de morrermos a alguém é real e pesada. Retribuo com Eugénio de Andrade, também sobre a vida, o seu desperdício e a insensibilidade daqueles que sobrevivem sem viver de facto:
"Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."
Beijos.
Presença,
O vento leva e traz sinais e silêncio também. O passado vai-se desgastando - a memória vai-nos atraiçoando à medida que envelhecemos, de repente deixamos de nos lembrar exactamente como foi. E às vezes, é melhor não pensar para conseguirmos suportar a ausência.
Devolvo-te a pergunta que me fizeste 'O que é 'sempre'?'
Always,
O que sentimos ou que um dia nos fizeram sentir, é de um campo tão secreto e sublime que está para além do campo das cognições... passa o campo dos registo, das recordações, da memoria.
Não te sei responder a essa pergunta... mas a verdade é que buscamos o sempre, o eterno, o imortal...
Mas o sempre é o que fica escrito na tua "historia de salvação".
Um bj grande
Sim, tens toda a razão, o que sentimos/o que nos fizeram sentir fica muito para além da memória e das recordações - vale a vida inteira pela sua grandeza e incondicionalidade. Nada disso se esquece, ou melhor, nada disso eu não esqueço - é o meu 'sempre'.
Obrigada pelo teu comentário cheio de luz. :)
Um beijo
Olhos directos:)
bjs
Wind,
Olhos directos para palavras directas.
Bjos
Enviar um comentário