quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
Enquanto dormes...
Esse teu passear silencioso por mim,
com o veludo de quem se quer invisível,
transporta-me para um sonho em que consigo
perguntar-te mais do que que apenas 'Está tudo bem?',
nos sonhos tudo é possível.
Esse passo cauteloso em que te deslocas,
para não acordares e continuares a pensar que durmo,
deixa-me adivinhar que o teu sono não é tranquilo,
que nele tentas enganar a necessidade
de te voltares e de te sentires por inteiro.
Esse deambular felino que nos resta,
no silêncio e na distância com que nos separas,
diz-me que o desassossego persiste
como um fantasma que não desistirá
de nos perseguir.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
belo poema:)
As palavras, juntamente com a banda-sonora presente hoje na casa, fazem as minhas delícias... There is a Light that Never goes out.. lindo, lindo, lindo!
Essa delicadeza e elegancia felina... nessa aproximaçao afastamento!!!
Belissimo...
Bjs
Wind,
Bem-haja! :)
------------------
Isobel,
Tens bom gosto, obrigada. Esta canção dos Smiths é imortal!
espero que também aprecies "El desierto" de Lhasa... :)
-------------------
Presença,
Mais uma vez, obrigada pela sua atenção cuidada às minhas palavras. :)
Bjos
He venido encendida al desierto pa quemar
porque el alma prende fuedo cuando deja de amor
Bom para corações partidos ou amassados.. Lhasa corre-me nas veias desde há uns anos, é a seiva dos perdidos com esperança..
Lindo! Absolutamente de acordo...
He venido al desierto pa'reirme de tu amor
Que el desierto es mas tierno y la espina besa mejor...
Enviar um comentário