Self-Pity
by
D.H. Lawrence
I never saw a wild thing sorry for itself.
A small bird will drop frozen dead from a bough
without ever having felt sorry for itself
I never saw a wild thing sorry for itself.
A small bird will drop frozen dead from a bough
without ever having felt sorry for itself
10 comentários:
Não sei se é para achar ou não, mas "achei" bonito em inglês e a foto lindíssima:)
E ainda bem que achastes, eu também acho mesmo! :)
Bjo
Pode parecer uma afirmação muito profunda e bonita, mas analisando melhor, diria que o D.H.Lawrence a fazer uma comparação entre um "small bird" e um "human being" é um bocadinho rebuscado, não?
Apesar de, tanto um como o outro, viverem segundo o instinto de sobrevivência, o "human being" tem mais qualquer coisa. Digo eu...mas também...que sei eu?!
:/
É certo sem dúvida, mas acho que o que D.H. Lawrence quis dizer tem sobretudo a ver com o facto de o ser humano sentir pena de si próprio e isso fá-lo mais fraco e derrotado.
A força interior é exclusiva do ser humano, não existe nos outros animais pela sua incapacidade de se pensarem a si mesmos. Essa distinção é fundamental, pelo que ter pena de nós mesmos inferioriza-nos para além do animal mais insignificante. O poema destaca essa ideia - temos obrigação de fazer melhor do isso, já que temos a habilidade de reflectir e de nos auto-analisarmos.
Sim, tens razão. Mas também tens que convir que o ser-humano não é própriamente um ser constante. E daí que essa "força" não é permanente, pelas mais variadas condicionantes. Por uma questão imperativa e inerente, não será a "self-pity" uma variante do nossos instinto mais básico de sobrevivência?
Há quem lhe chame egocentrismo...será assim tão "mau"? As pessoas estão cada vez mais voltadas para os seus umbigos.
Estamos a viver na Era das contradições. O Valores morais e éticos perdem-se no Tempo. E está tão difícil mantermo-nos coerentes.
Pronto...dispersei-me novamente...sorry about that :)
Não acho que 'self pity' seja um instinto básico de sobrevivência. Se fosse não teríamos a coragem necessária para sobreviver. Ficaríamos imóveis a um canto a ter pena de nós mesmos.
Obviamente não há nada de cosntante no ser humano, mas ainda bem, foi isso que nos permitiu evoluir - aprender com o erro é evoluir.
Não dispersaste nada. Elevaste o debate. :)
Desculpa, mas continuo a manter a minha ideia de que a "self-pity" é um instinto básico de sobrevivência, exactamente porque não somos seres constantes. O sentirmos pena de nós mesmos conduz ao sentimento de egoísmo, e esse sentimento é uma forma de protecção contra tudo aquilo que nos prejudica e fragiliza. E é a partir daí que todos os outros sentimentos se desenvolvem ajudando-nos a recuperar as energias necessárias para irmos vivendo. É, no fundo, um movimento alternado de positivo e negativo. Não significa que seja mau.
Percebo o teu ponto de vista, mas discordo. Não acho que ter pena de nós mesmos seja um mecanismo de sobrevivência. O instinto de autopreservação é uma coisa, 'self pity' é outra. Autopreservação implica que não chegamos ao nível do 'self pity' sequer, protegemo-nos para sobreviver sem dor - é um instinto básico. 'Self pity' remete para a capacidade do ser humano se auto-reflectir, é um racíocinio mais elaborado do que o mero instinto de sobrevivência.
Na maior parte dos casos a autopiedade conduz à inoperância - congelamos perante a adversidade exterior e o mal que nos aflige. Logo, neste sentido, não nos preservamos, enfraquecemos num círculo fechado sobre nós mesmos. Ou seja, autopiedade não é uma atitude egoísta, porque o egoísmo pressupõe um sentimento de autoestima razoável, ao contrário do que acontece no processo de 'self pity'.
Claro, que isto é apenas um outro ponto de vista sobre a questão, que não esgota argumentos sobre o assunto. :)
A base da vida é a sobrevivencia. Os demais seres não se questionam a respeito dos obstaculos, das dificuldades, apenas lutam por suas proprias vidas. Em muitos momentos as pessoas preferem sentir pena de suas situação e assim não lembram que os demais seres apenas lutam sem se questionar se são fortes ou não.
Anónimo,
É precisamente isso que está implícito no poema. :)
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